Não ando com vontade de fazer muitas coisas. Fazer o nada pode ser muito atraente quando se esta assim. O horizonte é para onde quero ir, sem saber no que vai dar, dando a cara a tapa pra ver onde vou chegar, se vale a pena, se vai ser ou não. Talvez eu tenha cansado dos antigos rumos e uma nova visão sobre tudo é o que me move novamente. A mesmice não me atrai, preciso desabafar, eu preciso de algo novo. Mudanças. Quando você olha para os lados e se sente sozinha não é por acaso, você simplesmente não fica assim do nada. Não, isso vem de longe, vem a fundo, de algum tempo. Quando você não sente vontade de comer e dormir, e quando dorme você sonha. E quando acorda parece um pesadelo, você gostaria de voltar ao sonho. Eu gostaria. Nem que seja de mentira. Ás vezes ela me conforta, e ela anda me confortando ultimamente. Não é legal gostar dela porque um dia você acorda. A verdade vai bater a sua porta, e ai? O que vai ser? Vai doer. Talvez você se sinta mais perdido do que nunca, ou se sentirá o ser mais otário do mundo. Vai querer voltar no tempo mas será tarde demais. Eu gosto de pensar que o tempo cura, mesmo sem remédio. O tempo é um remédio? Não sei muito sobre isso, arrisco-me - grande parte do meu tempo- a acreditar nisso. Mas mesmo assim a dor existe. Remédio ou não, bom.. continua a arder. Ele poderia ter um efeito diferente, entorpecente quem sabe. Você diz que a dor é inevitável mas o sofrimento é opcional. Essa é a frase mais mal elaborada e ridícula que existe. Eu não escolho sofrer, sinceramente, um pouquinho de drama é interessante, mas nem tanto. Isso não é nada legal. Não opto em momento algum por isso.Mas o fato é que nós sofremos, eu sofro e me apresente quem consegue não sofrer. Eu adoraria conhece-la. Sem essa história de fraco e forte eu não sou nada, e você mal me conhece quer dizer, nem eu mesma me conheço.
(Uma quarta-feira agoniante..)
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